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2002, 2010 e 2012... Já chega né?!



http://www.fiba.com/basketballworldcup/2014/0709/Brazil-Argentina


    A seleção brasileira terá novamente a Argentina pela frente em uma competição importante. Os dois países já se encontraram nas oitavas de final dos Mundiais de 2002 e 2010 e nas quartas das Olimpíadas de 2012. Nestas três oportunidades, os argentinos levaram a melhor. Avançaram e transformaram os brasileiros em grandes freguese mas desta vez pode ser diferente certo?



    Andrés Nocioni disse: ”Esse é o melhor Brasil em muitos anos. Vamos lutar, mas eles têm vantagens. Contam com um grande jogo interno, então vai ser muito difícil”, disse o ala argentino ao La Nación, às vésperas do duelo pelas oitavas de final da Copa do Mundo da Espanha.


     É justo dizer que a seleção brasileira entra em quadra neste domingo com nível de confiança muito maior em relação aos encontros anteriores com os argentinos.
    As partidas contra França e Sérvia na primeira fase, por exemplo, provavelmente terminariam com derrotas em tempos anteriores.
    Foram situações nas quais o time de Rubén Magnano apresentou inteligência emocional o suficiente para resistir a momentos de adversidade e buscar a vitória em jogos duros. Algo que será testado, talvez até em uma escala maior, neste duelo com o país vizinho.
    Mas não é só o aspecto emocional que vai determinar a história do confronto, é claro. O garrafão, como bem disse Nocioni, é o ponto forte da equipe brasileira. Isso não é segredo para ninguém.           Durante a primeira fase, sobrou para ele marcar alguns dos grandalhões que mediram forças com a Argentina — como Andray Blatche, das Filipinas, e Gorgui Dieng, de Senegal. Algo que seguramente acontecerá de novo neste domingo.
    Só que o oponente desta vez não concentra a força do seu jogo interno apenas em um nome específico, o que tende a aumentar consideravelmente o nível de dificuldade de Nocioni e seus parceiros perto da cesta.
    As chances de sucesso do Brasil no duelo passam por um bom envolvimento dentro do garrafão de Nenê, Tiago Splitter e Anderson Varejão — mais altos, mais fortes e mais rápidos do que os argentinos.
    Caso os três consigam de fato se estabelecer na área pintada, a tendência é que a marcação argentina se feche mais para tentar diminuir esse jogo ofensivo ao redor do aro.
    Como fez, por exemplo, nos dois amistosos entre os países na fase de preparação para o Mundial. Mas esse tipo de ação acaba abrindo espaços para os chutes de três, situação que o Brasil aproveitou tão bem no último quarto da partida contra a Sérvia. Vale lembrar que três bolas de longa distância que Marquinhos fez nos minutos finais saíram de passes de Splitter.
    O problema é que o outro lado também conta com uma arma no garrafão capaz de causar o mesmo tipo de estrago. A peça em questão atende pelo nome de Luis Scola, craque que parece se inspirar de maneira especial quando enfrenta o Brasil.
    O ala-pivô terminou a primeira fase do Mundial em segundo lugar no ranking de cestinhas, com média de 21,6 pontos por jogo. Essa produção acontece, principalmente, a partir dos bloqueios que ele faz para os armadores, seja girando para a cesta em seguida (pick and roll) ou permanecendo no lugar para arriscar o chute de média distância (pick and pop).

    Não custa lembrar que os bloqueios foram justamente algo com o que a defesa brasileira teve muita dificuldade para conter ao longo das partidas da primeira fase, na maioria das vezes, os atletas de perímetro encontravam a parede do outro lado e acabavam demorando o suficiente para não conseguirem voltar a dificultar o ataque adversário.
     Outro ponto de preocupação para os brasileiros é não repetir algo que aconteceu nos duelos de 2010 e 2012.
    Em ambas as oportunidades, Marcelinho Huertas começou o jogo comandando a pontuação, levando a melhor sobre a marcação rival o tempo todo e encontrando a cesta com certa facilidade. Era, na verdade, uma armadilha dos argentinos.
    A ideia era fazer com que o armador definisse mesmo ao máximo, consequentemente, envolvendo os companheiros o menos possível. Deu certo. É uma isca que não pode ser mordida pela terceira vez consecutiva. Além do jogo interno, uma arma que pode ser bem explorada pela equipe brasileira é Leandrinho, que tem ajudado nos dois lados da quadra com toda a capacidade atlética que tem.
    Se continuar explorando mais a velocidade para atacar a cesta ao invés de pegar a bola e procurar o chute de longe a qualquer custo, o novo ala-armador do Golden State Warriors pode representar um problema para a defesa argentina, que não conta com gente tão rápida assim no perímetro. É um duelo cheio de possibilidades, que pode ter qualquer um dos dois lados como vencedor.
    O histórico dos encontros recentes entre os dois países em competições de peso acaba fazendo com que o time brasileiro entre em quadra assombrado por um fantasma. Mas uma das coisas que o grupo comandado por Magnano mostrou neste Mundial foi justamente a capacidade de superar situações pelas quais não conseguia em um passado não muito distante. Acostumada a ser derrotada pela seleção do país vizinho, a atual geração brasileira pode até não conseguir acabar com essa freguesia.    
    Mas é seguro dizer que o duelo deste domingo representa a melhor oportunidade para isso.

fonte: www.basquete.ig.com.br
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